Mesmo que as vendas estejam indo bem, que os empreendedores tenham tido ideias incrivelmente inovadoras e que a receita esteja em alta, lucrar continua sendo uma missão repleta de desafios. No meio do percurso, aparecem diferentes tipos de gastos que, quase imperceptivelmente, comprometem os resultados da empresa no final do mês.
Quando isso acontece, ocorre aquele choque, pois percebemos que não prosperamos tanto quanto imaginávamos. Por isso, é importante não apenas estimar o dinheiro que entrará, mas também ficar atento a tudo que estamos gastando. Nesse sentido, muita gente não sabe diferenciar custos e despesas, um erro que pode estar prejudicando o desempenho da organização.
Mas, afinal, qual a diferença entre esses dois conceitos?
O que são custos?
Os custos de uma empresa são todos os gastos que estão diretamente ligados à aquisição e produção de seu produto final.
Isso inclui: matéria-prima, salários de funcionários, gastos com o processo de fabricação (como manutenção de equipamentos, por exemplo), embalagens, eletricidade, limpeza, viagens com finalidade comercial, entre outros.
O que são despesas?
A definição de despesa engloba todos os gastos que a empresa possui com seu próprio funcionamento, mas que não estão diretamente ligados ao seu produto final. Portanto, são gastos administrativos, englobando o departamento comercial, financeiro, marketing, jurídico, e outros que não compõem o core business.
Alguns exemplos de despesas são: conta de luz e de água, internet, aluguel, materiais de escritório, alimentação de funcionários, entre outros. São itens muito importantes para a estrutura da organização, mas que não estão diretamente ligados àquilo que ela comercializa.
Qual a importância de saber a diferença entre custos e despesas?
Custos e despesas fazem parte da vida das empresas, e não se deve achar que as despesas são menos importantes e mais fáceis de serem cortadas. No entanto, a importância de fazer essa diferenciação é ter uma compreensão mais específica sobre quanto a empresa está gastando para produzir cada produto e, consequentemente, se há lucro. Assim, o empreendedor percebe se está valendo a pena produzir este item.
Quando as empresas misturam os gastos de produção com os gastos administrativos, fica mais difícil visualizar esse impacto. Para que essa análise seja relevante, ela deve ser feita separadamente. Somente dessa maneira será possível compreender a margem de contribuição de cada produto. Além disso, também será possível identificar se há possíveis excessos com gastos administrativos, que podem ser revistos.
Por fim, essa separação permite que o orçamento do início do ano seja realizado com maior assertividade. Isso acontece porque fica mais fácil prever a verba de que cada área da empresa precisará, considerando os custos e as despesas.
O empreendedor que coloca custos e despesas na mesma categoria “gastos” não saberá, por exemplo, atribuir corretamente os valores para a produção e para materiais de escritório.
Investir em proporções erradas por provocar excessos em um setor e escassez em outro, o que fatalmente se traduz em prejuízo financeiro. Com um orçamento mais especificado, no entanto, é possível corrigir esses erros e evitar que se repitam.