Currículo cego: o modelo de CV que vem transformando processos seletivos

Criado no início dos anos 2000, o currículo cego surgiu para combater preconceitos e abrir portas para a diversidade no mercado de trabalho internacional.

Adotado por alguns países da Europa, como: Alemanha, Espanha, Reino Unido e França, este novo modelo de currículo veio para combater o preconceito com os imigrantes.

Por conta dos sobrenomes característicos, era muito comum que recrutadores descartassem o candidato por xenofobia – tipo de preconceito onde se demonstra aversão ou hostilidade por pessoas estrangeiras ou migrantes de outros estados, que possuam costumes ou culturas diferentes.

Essa atitude preconceituosa acabava causando transtornos para muitas pessoas, que passaram a se ver em dificuldades financeiras por conta do desemprego. Dentro das empresas, esse comportamento acabou criando modelos de funcionários padrão, sempre com a mesma cor de pele, idade, mesma região de residência e mesma cultura.

Afinal, como funciona o currículo cego?

Neste modelo, informações como idade, gênero, nacionalidade e endereço são omitidas no CV. Nome e sobrenome são substituídos somente por suas iniciais e e-mails também necessitam de alterações para que o nome do candidato não apareça. Ou seja: informações básicas não são informadas visando um melhor relacionamento com a capacitação do profissional.

Esse modelo de currículo foi desenvolvido para que se evite preconceitos no momento do recrutamento, sejam eles conscientes ou não. Assim, os profissionais poderão ser avaliados por sua capacidade e conhecimento, e não por características externas.

E no caso do Brasil?

De fato, a questão do preconceito por conta de sobrenomes estrangeiros não seria um problema no Brasil, graças à nossa miscigenação e grande variedade cultural, que agrega pessoas de todo o mundo, com suas diferentes crenças e costumes.

Neste caso, seria importante estudar as particularidades do currículo cego que podem ser aplicadas ao nosso país. Isso faria com o que o processo de recrutamento e seleção fosse mais diversos, evitando a contratação de pessoas do mesmo padrão, seja ele físico ou cultural.

Desta forma, o ambiente empresarial seria igual ao nosso país: diverso e acolhedor.

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